O câncer representa um grave problema de saúde pública, em razão de sua alta incidência, morbidade e mortalidade. O câncer de mama é a neoplasia de maior incidência entre as mulheres. Com a incorporação de novas tecnologias no tratamento oncológico, a maioria das mulheres voltam a ter uma vida ativa após os tratamentos.
Entretanto, várias complicações podem ocorrer em decorrência desses tratamentos, podendo comprometer a qualidade de vida dessas mulheres, repercutindo também em suas relações sociais, laborais e de lazer.
A medicina deu sobrevida a essas mulheres e a fisioterapia proporciona a qualidade de vida. O Fisioterapeuta especialista em Oncologia, atua em todos os níveis de atenção à saúde, em todas as fases do desenvolvimento ontogênico.
Quanto mais precoce o início da fisioterapia, melhor, mais fácil e mais rápida será a recuperação da paciente. No pós-operatório imediato, a recuperação da limitação de movimento no ombro do mesmo lado a cirurgia de mama é, comumente, o objetivo principal do fisioterapeuta, sem correr o risco de desencadear complicações linfáticas e cicatriciais.
A recuperação costuma ser relativamente rápida. Não é uma recuperação dolorosa e a mulher é incentivada a realizar suas atividades de vida diária assim que possível.
Mas algumas complicações podem ocorrer no pós-operatório de câncer de mama, como Síndrome da Rede Axilar (cordões fibrosos palpáveis), Síndrome da Dor Pós-Mastectomia, Fibrose Tecidual, Lesões Nervosas, Alterações Posturais, Disfunção Sexual, Seroma, Complicações Osteomioarticulares.
Pode também ocorrer linfedema, que é uma patologia crônica e progressiva, resultante do acúmulo de líquido rico em proteínas (braço inchado). Além das complicações, a retirada cirúrgica de toda a mama, é responsável pela alteração de imagem corporal feminina, em razão da sensação de mutilação.
Muitas mulheres sentem medo de se olhar no espelho, se consideram diferentes das demais mulheres e a sensação de desolação à situação que foram submetidas, sendo que o choque existente em relação à percepção física é mais evidente após a visualização do resultado da mastectomia.
Pode-se considerar a reconstrução para restaurar a aparência da mama, mas este processo é uma decisão individual de cada mulher. A fisioterapia desempenha um papel importante em todas as fases do tratamento, inclusive nas complicações decorrentes do tratamento complementar, como a radioterapia, quimioterapia e hormonioterapia.
Tem o papel de prevenção das complicações e no tratamento destas. O profissional irá atuar nos sintomas decorrentes da patologia e do tratamento, minimizando as complicações como: dor, fraqueza muscular, tensão muscular, fadiga, perda de massa muscular, linfedemas, fibroses, retrações e aderências cicatriciais, diminuição da amplitude de movimentos, encurtamentos musculares, alterações posturais e alterações respiratórias. Recuperando a função física e melhorando a auto estima.
No linfedema a terapia física complexa, é a principal e mais efetiva forma de tratamento, sendo composta pela drenagem linfática manual, enfaixamento compressivo, exercícios linfomiocinéticos e cuidados com a pele.
A melhor forma de se evidenciar o problema é reconhecê-lo e oferecer estratégias viáveis para a aplicação de possíveis soluções de forma imediata, a fim de interferir positivamente na realidade de cada mulher.
Procure o fisioterapeuta especializado, e garanta uma melhor qualidade de vida.